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Palavras de Sabedoria

Apenas há Um acima de toda a sabedoria...

Palavras de Sabedoria

Apenas há Um acima de toda a sabedoria...

Os bancos do jardim

Eu consigo ver tudo. Não sou omnipresente mas sou testemunha de várias gerações. Uns dias desprezado, outros dias o foco de todas as atenções. Não diferencio ninguém. No entanto consigo perceber que o tempo me traz pessoas diferentes. Como sempre há umas pessoas mais próximas e outras ocasionais. Mas não me deixo enganar, todas dão sentido à minha existência. Se assim não fora então a minha existência não faria sentido. Muitos se questionam sobre o porquê de tantas e tantas mudanças nas sociedades. Uns argumentam perda de valores e libertinagem, outros liberdade individual. Embora todos tenham opinões a favor e contra várias dessas mudanças. E olhando à sua volta não percebem a origem de tudo isto. Mas eu sei a resposta. Ainda que muitos possam não concordar. Mas assim é o ser humano. São aqueles que mais me procuram os detentores da resposta. São o espelho, distorcido por alguns, bem reflectido por outros de tudo o quanto se passa por este mundo fora. Alguns buscam a resposta na história e em elementos sem vida. Outros na biologia e neurociência de ponta. Bem, a resposta na verdade é bem mais simples. Nós somos aquilo que nos ensinaram ser, somos aquilo que nos mostraram ser e somos aquilos que queríamos e não queríamos ser. Mas para sermos tudo isto de uma coisa não nos podemos esquecer. Antes de eu ser, alguém foi. Não sou uma folha em branco. Escrevo por cima, acrescento e apago sobre aquilo que alguém já escreveu. E assim escrevo a minha história. E assim mudo a minha sociedade. Assim mudo a minha civilização. Assim mudo o tempo. E assim perduro no tempo depois do meu tempo passar. Somos tentados a procurar a resposta dentro de nós mesmos, mas então percebemos que isso não é possível. Nós somos a caneta que escreve, não somos o livro. Mas posso-vos garantir que tenho a resposta para todas estas questões. Ou melhor dizendo sei onde a podem encontrar. Nos velhos do jardim. Não são velhos sem sentido, são a pedra de toque e o lastro, são a página anterior aquela que escrevemos hoje. Direi melhor, vocês escrevem. Eu apenas testemunho. Mas sei que enquanto não olharem para mim não vão compreender nada, não vão obter resposta às vossas questões mais profundas. Quem sou eu querem vocês saber. Sou um banco do jardim...

 

(por João Costa)

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